Plutão Astrológico – ATO I
O mestre encheu-nos as taças com prazer, ciente de haver plantado em nós, desde o Sol até Plutão, o interesse pela arte. Erguendo um brinde à revolução dos corpos celestes, pôs-se a discorrer sobre a matéria hermética, começando pelas beiradas para, quem sabe, alcançar o coração:
— Quando pela primeira vez avistado, Plutão vinha a flagrar uma humanidade recém-saída de uma Primeira Guerra Mundial e já prestes a embarcar na Segunda, que, a propósito, seria mil vezes mais atroz, e só terminaria no fatídico agosto de 1945, com as explosões atômicas em Hiroshima e Nagasaki.
— Guerras, violência… fusão nuclear… temas plutonianos por excelência – pontuou o confrade.
— Pois, sim. Historicamente, a humanidade nesse momento sofre com os regimes totalitários que se encrudescem em meio a sangrentas revoluções. Em março de 1917, a Revolução Branca depusera na Rússia o czar Nicolau II, instituindo o Governo Provisório. Pouco depois, era outubro, precipitar-se-iam os ‘dez dias que abalaram o mundo’ da Revolução Vermelha, quando então os Bolcheviques põem Lênin no poder. Porém, com sua morte, em 1924, é Josef Stalin quem assume o Estado, para tornar-se a partir de 1929 ditador absoluto; o facínora disseminaria o terror até o dia de sua morte, em 1953.
No extremo oeste Europeu, é Antônio Salazar, feito Ministro de Finanças em 1928, quem se promoveria a chefe do Estado Novo dali a 4 anos, instaurando em Portugal um regime de caráter integralista que perduraria por mais de quatro décadas, até ser derrubado pela Revolução dos Cravos de 1974. O Salazarismo, por sinal, ergueu-se inspirado na ideologia do Partido Nacional Fascista de Benito Mussolini. Il Duce, assim ele preferia ser chamado, fizera-se Primeiro Ministro da Itália em 1922, a partir do que rapidamente abandonaria qualquer ideal democrático para consolidar sua política nacionalista opressora. Sob o pretexto de ‘combate ao comunismo emergente’, em 1940 Mussolini leva a Itália a aliar-se a Alemanha nazista. Seu aliado, Adolf Hitler, tal qual fizera Salazar, também tomara as premissas do fascismo italiano como plataforma do Partido Nacional Socialista Alemão, que ele próprio ajudara a fundar, em 1923. Após uma década de manobras, golpes e chantagens, Hitler assume em junho de 1934 a chefia tanto do Governo quanto do Estado alemão, com o que passa doravante a ser chamado de Führer. Em março de 1938 anexa a Áustria à Alemanha para, dali a um ano exatamente, invadir Praga. Na sequência, ocupa a Bohêmia e em 1º de setembro invade a Polónia, tomada ao cabo de um só mês. É justamente aí que se inicia o holocausto que ainda ceifaria 6 milhões de judeus em nome da eugenia ariana. Começava assim II Grande Guerra. Neste ínterim, de 1936 a 39, a Espanha vive uma sanguinária Guerra Civil entre republicanos e nacionalistas, a culminar com a instalação da ditadura de Francisco Franco, que se perpetuaria no poder até 1981. Em 1937, em meio à Guerra Civil Espanhola, Guernica, ao nordeste de Espanha, é a primeira cidade a sofrer um bombardeio aéreo nazista. Picasso imortalizou esse terror numa tela a óleo, homônima da cidade.
— E no Brasil estamos em meio à ditadura Vargas – registrei.
— Bem lembrado! Getúlio fora levado à presidência da República pela Revolução armada de 30, exato ano da descoberta de Plutão. Deveria governar provisoriamente até 1934, porém, mediante golpe de Estado, permaneceria no poder até 1945.
— Golpes de Estado, revoluções, lutas por poder… temas plutonianos – Alan os ia listando – a mim me parece que o mundo todo se punha no papel de bom anfitrião, a dar boas-vindas a Plutão, oferecendo-lhe seus prazeres prediletos.
— Isto sem falar dos crimes e toda sorte de corrupção que também dizem respeito a esse planeta – acrescentou Nicolau.
— Conte-nos!
-– Plutão emerge à nossa consciência quando o mundo inteiro é um só redemoinho. Estamos no olho do furacão da depressão econômica causada pelo crash da bolsa de Nova Iorque. Só nos E.U.A. são mais de 14 milhões de desempregados. Famílias inteiras passam fome, cerca de 30 milhões de miseráveis imploram nas ruas por comida e esmola. Concomitantemente, assistimos à ascensão dos chefões da máfia italiana, cujos vigorosos braços davam as cartas nos Estados Unidos, que vive sob a Lei Seca, cuja vigência foi de 1920 a 1933. Uma lei que se revelou um tiro pela culatra, posto que ao prejudicar a indústria de bebidas alcoólicas, apenas fez crescer o gangsterismo, com o que o crime organizado tomou conta do país.
— Época de Don Corleone, ‘O Poderoso Chefão’, representado por Marlon Brando em filme de Coppolla, inspirado em obra homônima de Mario Puzo – observou Alan, adepto da sétima arte.
— Na vida real – ajuntei – talvez o gângster mais célebre tenha sido Al Capone. Ele até chegou a ser preso em 1931, condenado por evasão fiscal.
Ao que Alan, roqueiro empolgado, não perdeu a chance de cantarolar mestre Raulzito:
— Hei, Al Capone, vê se te emenda,
Já sabem do teu furo, nego,
No imposto de renda
Hei, Al Capone, vê se te orienta,
Assim, desta maneira, nego,
Chicago não aguenta…
— Tráfico e contrabando… também o jogo e a prostituição a estes associados… enfim, o ilícito e o clandestino… todos temas plutonianos – desta vez era eu a aumentar o rol de associações.
— Se não são elas… as cabeças de Cérbero – respondeu-me Alan – o jogo, o tráfico e a prostituição… eis nomeadas as três cabeças do terrível cão de Hades, que vive a montar guarda à entrada de seu mundo.
Nicolau nos observava com seu sorriso à Monalisa, a dar notas do prazer com que nos percebia assim, capturados pela correnteza de sua narrativa.
— Também o psiquismo inconsciente, esse universo interdito desvirginado por Freud, obscuro limbo onde Jung exerceu sua mais profunda atividade arqueológica, é por excelência domínio de Plutão – disse ele.
E servindo especialmente minha taça, intimando-me a partilhar de seu brinde, enalteceu a psicologia profunda:
— Pois, que Freud, Adler e Jung sejam devidamente celebrados!
— Viva! – correspondi, erguendo a taça.
— Aos nossos mundos ctônicos, pessoais e coletivos! – completou Alan, também levantando a sua.
Após sorver do brinde, depositando a taça sobre mesa, Nicolau estendeu-se:
— Não por acaso Plutão vem à Terra quando rebentam no mundo acadêmico as serpentinas ideias de Sigmund Freud (1856-1939), de Alfred Adler (1870-1937) e de Carl Jung (1875-1961) … ilustre trinca de argonautas dos mares inconscientes. Lembremos que Freud, pioneiro a penetrar o Hades inconsciente, ao revolver suas abissais camadas, simplesmente atirou no colo da sociedade vitoriana, moralista e preconceituosa, nada menos que dois de seus maiores tabus: o sexo e morte. Temas de Plutão. A propósito, Freud era um taurino de 6 de maio com ascendente em Escorpião, signo este regido por Plutão. Astrologicamente, o nativo certo para nos obrigar a lidar com a sexualidade proibida, com nossos desejos incestuosos, além de toda humana angústia, que ele advogava fosse oriunda de nossa mais secreta pulsão de morte.
Hipnotizado, eu me deixava levar por mestre Nicolau como um marujo admitido à nave de Argos, a singrar os desconhecidos mares do psiquismo por onde quer que seu timão nos levasse. Ele ia mar adentro:
— Não é fortuito que Adler, por sua vez, advogasse ser a sede pelo poder um dos maiores determinantes do comportamento humano. Olha aí Plutão, de novo, em sua opulência. Já Carl Jung, arqueólogo da alma, ao debruçar-se sobre a psicogênese dos processos neuróticos e psicóticos, acabaria ainda por decifrar os mistérios da Alquimia. Por décadas a fio, havendo como legítimo Adepto penetrado no mistério das iluminuras e dos manuscritos desta Tradição, comporia ele próprio uma perfeita Grande Obra: sua Psicologia Analítica. Afinal, o que é a Individuação senão uma senda iniciática devotada à transmutação de nosso denso chumbo pessoal, essa Matéria bruta a ser tratada, em ouro divinal da Consciência?
— O que temos até aqui é uma incrível coleção de comemorativos históricos especificamente ligados a Plutão, justamente quando este se deixava observar pela primeira vez. São tantas as sincronicidades que me vejo levado a pensar que não somente ao raptar Perséfone, mas também ao surgir para o mundo, Plutão parece estar agindo premeditadamente – argumentou Alan.
— Nem fale! – admitiu o mestre – Mesmo antes de nos dar o ar da graça em meio à crise de 29, dez anos antes já havia nos enviado a epidemia da Gripe Espanhola que, de janeiro de 1918 a dezembro de 1920, causaria nada menos que 50 milhões de mortos pelo mundo. É como se Plutão por questão de requinte estivesse a enviar primeiro suas batedoras a proclamar sua vinda: a miséria, a fome e a peste, três nomes igualmente aplicáveis às cabeças de Cérbero – disse Nicolau, mirando Alan diretamente.
— Sim, também podemos assim nomeá-las – respondeu-lhe meu amigo.
— Curiosamente – continuou o mestre – enquanto estamos nesta biblioteca reunimos, Plutão transita por Capricórnio, algo que vem fazendo desde fins de 2008. Dado aos temas deste signo, cujo regente é Saturno, e ainda devido ao poder transformador de Plutão, o que se presume é que a humanidade esteja mais uma vez propensa a ver-se abalada em sua estrutura sócio-político-econômica. O terremoto de momento diz respeito especialmente ao status quo mundial, nosso modus vivendi coletivo. Pois, se a missão plutoniana é pôr abaixo estátuas de bronze erguidas sobre pés de barro, nunca a hora se mostrou tão oportuna! Estamos prestes a assistir de camarote a derrocada de valores seculares, tais como sistemas estatutários financeiros, sociais e de trabalho, enfim, toda espécie desses ‘apegos coletivos’ está sujeita a sofrer profundas transformações. A peste que vem chegando, nem preciso dizer, potencializará absurdamente este processo.
— Parece que estamos num filme de ficção, porém, tudo à nossa volta é a realidade nua e crua. Ouço dizer que semana a mais, semana a menos, estaremos todos presos em nossas casas sob decretada quarentena social.
— Sim, presumo seja este, inclusive, nosso último encontro neste ano. Os jornais não falam de outra coisa. Estamos diante de uma nova pandemia, a exatamente um século da citada Gripe Espanhola.
— Aproveitemos, pois, este vinho na salutar companhia dos confrades. Carpe diem! – brindou Alan!
Ao que correspondemos prontamente. Ele ainda quis saber:
— Mestre Nicolau, e o que dizer quanto a Plutão em nossos mapas? Como interpretá-lo?
— Em nossos mapas natais, Plutão predispõe a transmutações as mais profundas na área da vida relacionada à casa em que se encontra. Seus processos costumam ser dolorosos e intempestivos, não raro violentos. Em contrapartida, onde quer que marque sua presença, ali estará também a área de nossas vidas onde jaz oculta nossa maior capacidade de regeneração pessoal. Plutão aponta para aquele talento nosso insuperável, voltado a transpor as piores dificuldades da vida. Sempre que o tema é Plutão, toda energia envolvida pode ainda ser direcionada para a cura, particularmente as mais profundas, a bem dizer, as decantadas curas da alma, cujo trato, por lidar com nossos complexos, pode mesmo tomar décadas de autoconhecimento e psicoterapia.
— Plutão seria então um agente dinamizador destes processos… – deduzi.
— Sim, um catalisador nato de processos lentos e invisíveis. Lembremos que Plutão é o planeta de trânsito mais lento em todo o sistema: são 248 anos para uma volta completa em torno do Sol. Dado à excentricidade de sua órbita, chega a acelerar-se em seu afélio três vezes mais do que quando está no periélio. Sua passagem por Libra, Escorpião e Sagitário, por exemplo, cobra que permaneça uns 12 a 13 anos em cada um desses signos; já quando se põe a percorrer o setor zodiacal diametralmente oposto, chega a ficar até mais de 30 anos transitando por Áries, Touro e Gêmeos.
— O que significa que…
— Sobretudo, que ele rege uma geração inteira muito mais do que o indivíduo, simplesmente. Ademais, em sua morosa passagem, ao compor aspectos com os demais planetas, chega a ativá-los em nossos mapas por longos períodos, às vezes para além de três anos. Quando quer estejamos sob algum trânsito mais significativo de Plutão, veremos nossos vulcões fazendo-se ativos; assistiremos a um revirar das catacumbas pessoais, tal qual enfrentássemos uma tempestade de areia no deserto. A estes períodos mais nevrálgicos os astrólogos costumam chamar de ‘crises plutonianas’. Não há quem passe incólume por elas.
— Linhas gerais, como se caracterizam? – perquiriu Alan.
— Algo muito semelhante àquilo que sofreu Perséfone. Via de regra, ficamos sem chão, somos abduzidos pelo abismo. Se estes incidentes sísmicos atingem nossa esfera psicoemocional, podemos até mesmo ser lançados às raias da loucura. Ocorre que as crises plutonianas tanto podem levar ao surto psicótico, a uma ruptura do eu com a realidade à nossa volta, como também, desde que bem compreendidas em seu significado, expor o psiquismo a estados de expansão da consciência, a revelações de ordem numinosa. O caso é que ninguém pode com Plutão. Invisível ele vem e simplesmente nos arrebata. Ou sua carruagem nos conduz a visitar mundos profundos ou nos atropela e nos atira moribundos às margens do caminho. Tudo depende de como lidamos com as coisas, crises plutonianas bem podem ser situações emergenciais de nosso psiquismo irrompendo e abrindo novos caminhos de cura.
— E há alguma receita de como podemos melhor nos comportar nessa hora? – perguntei.
Um reticente suspiro… e o mestre assim nos expôs:
— A sabedoria sopra à alma resistir, porém, sem a tolice de desafiar forças que lhe são soberanas. É temerário navegar maremotos, nossos barcos existenciais são feitos de casca de noz, às vezes meras dobraduras de papel numa correnteza em torvelinho. O melhor a se fazer em meio a uma crise plutonianas é procurar manter-se em pé do jeito que for possível, enquanto torcemos humildemente para que um dia ela passe. No tocante a isso, a pandemia que vem aí nos será boa escola quanto a como agir nesses casos. É preciso ter em mente que tais processos, por piores que pareçam ser, duram seu devido tempo, semelhante ao interregno em que Perséfone permanece desaparecida. Enquanto não ocorre o Advento, Plutão provoca tensões tanto na política mundana quanto na economia da alma; sua missão é destruir aquilo tudo que, dependesse de nossa vontade, jamais seria varrido de nossas vidas. Seu trânsito por nossas casas equivale ao arrastão após as batalhas, que cumpre retirar os mortos do caminho e enterrá-los. Plutão só leva consigo o que lhe pertence, a bem dizer, tudo aquilo que já está morto mas que, por apego, recusamo-nos a enterrar.
— Ou seja – observou Alan – nada mais apropriado que o Senhor dos mortos em pessoa a nos libertar dessa necrofilia que impede nossos passos.
— Exato! Necrofilia esta que praticamos de forma mais ou menos mórbida em relação a muitas situações da vida, seja porque não sabemos elaborar o luto dos entes queridos que se foram, seja por não aceitarmos os rompimentos, o fim dos relacionamentos, enfim, todas essas perdas que, se não forem transformadas dentro de nós, podem mesmo aprisionar a alma no lodo da melancolia.
— Resumindo… de nada adianta fazer birra contra aquilo que a vida nos impõe, é preciso cuidar cada momento como cobram ser vividos – disse Alan, tom resignado.
— Assim é. Querer negar Plutão é como estocar dinamites no porão. Em linguagem psicanalítica, digamos, seria algo como recalcar conteúdos incompatíveis com a vida consciente até o dia em que esses nossos dragões acordam na masmorra em que os aprisionamos e resolvem rebelar-se. Furtar-se às crises plutonianas é simplesmente a pior forma de lidar com elas. De irresponsabilidade assim é que se originam os piores terrores que vêm nos assombrar, a incluir nossos medos insuspeitos, nossos ciúmes mais escusos, potencialmente violentos, enfim, toda sorte de apegos que moram em nossos pântanos e que pedem ser drenados.
— O caso é que se apontarmos as lentes de aumento para nós mesmos, ora… então que cada qual cuide de seu delírio, não há quem não os tenha em algum grau, por mínimo que seja – observei.
Nicolau sorriu em concordância.
— Vero. Toda vez que o lúgubre canto de Plutão ecoa em nossas almas, faz levantar complexos psíquicos há séculos enterrados, compostos por conteúdos atávicos a incluir ossadas abissais de nossa ancestral genealogia. Estes elementos jamais viriam à consciência não fosse por esse chamado plutoniano; por conta dele é que podem despertam sob a forma de fantasias e ideações as mais estranhas, quando não doentias. Muitas das assim chamadas alucinações auditivas guardam ressonância com esse canto cavernoso; é como se vozes do Além em coro nos intimassem a dar alguma resposta proibida à angústia coletiva, e acerca de assuntos que, embora de suma importância, conscientemente ignoramos por completo.
— Terrível esse Plutão, hein? – comentou Alan.
— Mais uma razão para que nossa relação com ele seja a mais honesta possível. Tudo que vem de Plutão é de um perigo preciosamente mágico, haja vista que seus atributos nos inspiram tanto a encontrar tesouros encerrados em nosso âmago, como também, dado a seu caráter radioativo, podem nos arrebatar às raias da loucura.
— E o que será da humanidade, com essa epidemia já deflagrada, que a passos largos se avizinha? – questionou Alan, semblante pesaroso.
— Bem… para tratarmos deste tema com a propriedade que ele cobra, peçamos auxílio aos confrades João e a Alberto, dois queridos que trago no peito.
Surpresa para nós. Alan e eu nos entreolhamos. Seriam novos confrades em nossa Ordem? Malgrado os tantos anos de convívio com mestre Nicolau, sequer fazíamos ideia de quem fossem esses dois.
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… este texto continua em … Plutão Astrológico – ATO II
Para ler todo ele desde o início, siga os links:
Plutão, Pai das Estações – Parte I
Plutão, Pai das Estações – Parte II
Plutão, Pai das Estações – Parte III
Verdade que esqueci de comentar, lindas imagens apresentadas por Mestre Nicolau, aquele vaso, talvez etrusco, do episódio anterior foi devidamente cobiçado…rs…já neste, caímos na real e voltamos ao presente momento, recém saídos de um século XX digno dos contos lovecraftnianos tão bem descritos! Mas sendo Pluto tão avesso aos olhos mortais, como faremos para encará-lo desta vez, porque é disto que se trata a verdade nua e crua, e já não aguento de tanta curiosidade… sigo!